Já falamos aqui sobre espetáculos multimídia e sobre como projeções e recursos interativos e robóticos têm ganhado espaço nas montagens de teatro e performance. Seja o próprio espaço da performance desmontável em forma de acordeão ou o balé techno de Laurent Garnier, a interação de câmeras, projeções e atores no espaço cênico explora o potencial da produção multimídia como recurso estético e dramático.
Como parte de um projeto de mestrado em desenvolvimento pelo núcleo de artes do corpo da PUC-SP, A Rainha de Copas e Suas Sete Primas Invejosas é um espetáculo de performance que investiga as relações entre esse tipo de expresão e os recursos tecnológicos a partir do jogo de xadrez. Segundo a descrição do projeto, a performance incluirá DJs, músicos, dançarinos e atores. A performance é a base prioritária do espetáculo, mas a estreia em uma casa noturna também quer incluir a dimensão do entretenimento na busca por uma nova linguagem sem nenhum apego à quarta parede. Nada tão radical quanto a atriz robô japonesa, mas os atos montados em cima dos movimentos do jogo, como o xeque-mate (abaixo), garantem uma suruba de corpos e luzes que parece valer a pena.
A Rainha de Copas E Suas 7 Primas Invejosas estreia no dia 5 de maio, no Estúdio Emme, em São Paulo. Mais informações no site do projeto.
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