quinta-feira, 27 de maio de 2010

O resultado do derrame é simplesmente catastrófico.


Oil & Gas

O mundo continua com as atenções viradas para o golfo do México, onde quinze dias depois da explosão da plataforma petrolífera pertencente a empresa “Transocean” e explorada pela britânica BP, o resultado do derrame é simplesmente catastrófico. De acordo com os últimos dados avançados pela guarda costeira norte americana, a maré negra espalhava-se por mais de 200 quilómetros de cumprimento e cento e dez de largura. O presidente Obama apesar de não se eximir a“intimar” a petrolífera britânica a arcar com as responsabilidades decorrentes do vazamento de petróleo, afirmou, ainda assim, que não poupará esforços para ajudar a resolver o problema. O presidente norte-americano esclareceu que a sua administração tudo fará para proteger os recursos naturais. Porém, a BP não poupa esforços no sentido de conter o vazamento. Segundo informações prestadas por Brandon Blackwell, responsável da guarda costeira, “já se conseguiu selar uma das três fugas mas, ainda assim, prevê-se que o fluxo de petróleo se mantenha ao mesmo nível, embora haja apenas duas fugas”. Para este efeito, a BP tem utilizado veículos operados remotamente para parar o fluxo de petróleo dos outros dois pontos de fuga. Em todo o caso, está a caminho da zona do derrame um navio que dispõe de um equipamento tecnológico que foi concebido para ajudar a captar o petróleo ligando-o directamente aos pontos de fuga através de tubos específicos que o vão recolher e processar de forma segura.

À margem deste incidente na costa norte americana, decorre em Houston, a Conferência sobre tecnologia Offshore. Este evento, comummente designado por OTC, é o mais importante do mundo no que se refere ao desenvolvimento de recursos tecnológicos offshore nos campos de perfuração, exploração e protecção ambiental. Tem lugar anualmente, desde 1969.

Quanto ao mercado financeiro, o preço do Brent para a entrega em Junho abriu em baixa hoje e foi negociado a USD 82,39 no Intercontinental Exchange Futures (ICE) de Londres, 0,26 a menos que no encerramento do dia anterior. Quanto ao NYMEX, em Nova York, já há dois dias que o preço do crude fecha em queda, encerrando abaixo dos USD 80, devido, em grande parte, segundo os analistas, ao facto de o mercado se mostrar tenso diante do problema das dívidas soberanas dos países da Europa e do risco de contágio da crise grega.

Com relação aos players, a notícia de realce desta semana recai no facto de a Statoil Gas Natural, celebrar um contrato com a National Fuel Gas Supply Corporation (NFSC) do Canadá para o transporte de cerca de 3,2 bilhões de metros cúbicos (bcm) por ano através de um gasoduto interestadual. De acordo com Rune Bjorson, vice-presidente executivo da Statoil Gas Natural,” o presente contrato vai garantir o acesso a um melhor sistema de distribuição a nível interestadual, bem como criar novas oportunidade de vendas naquele paìs.” Ainda nos Estados Unidos da América, a Sempra Energy concluiu o processo de aquisição de um gasoduto à El Paso Corporation por USD 300 milhões.

Segundo George Liparidis, presidente e director executivo da Sempra Energy,” esta operação vai permitir a expansão do nosso negócio de gás natural no norte do México”. O gasoduto esta construído numa extensão de cerca de sete quilómetros.

Em África, particularmente no nosso país, a AMEC foi seleccionada pela Chevron Cabinda Gulf Oil Company( CABGOC) para executar o front-end engineering design ( FEED) do projecto Mafumeira Sul, localizado em Cabinda. O contrato, cujo valor não foi divulgado, está previsto para ser executado em 2011. O referido projecto incluirá a construção de um complexo central de produção de plataformas, duas pontes e uma Flame Tower.

Meus caros, por hoje é tudo, voltamos na próxima semana com mais novidades.

Até lá!

Edson Almeida LCF –
Lei Com Força Departamento de Energia,
Petróleo & Gás

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