terça-feira, 22 de setembro de 2009

VI Festival de Apartamento

Performance Art
http://festivaldeapartamento.blogspot.com/

Organização:
Thaíse Nardim
Ludmila Castanheira
Rodrigo Emanoel Fernandes

Programação das Performances Confirmadas:

Montagem
Ludmila Castanheira

Era impossível imaginar como seria a cara lambuzada de cores, a espessa crosta de pó-de-arroz com dois remendos de carmim nas bochechas, as pestanas postiças, as sobrancelhas e pálpebras que pareciam pintadas com tição, e os lábios aumentados com um verniz de chocolate. Mas nem os trapos nem as tinturas eram suficientes para dissimular seu gênio: o nariz altivo, as sobrancelhas encontradas, os lábios intensos. Pensei: Um meigo touro de briga
(Gabriel García Marquez).


mel-o-drama II
Thaíse Nardim

FelicidadeagoraVocêmedeixouefoiemboraFelicidadeeunãosei DevocênemdemimDeixeiquevocêsefosseagorasofroSemvocêaqui FelicidadeescutaEvêsemeentendeemedesculpa Felicidadeeunãosei DevocênemdemimDeixeiquevocêsefosseagorasofroSemvocêaqui ÉbempossívelquevocêseesqueçaDetudoquehouveentrenós MasaconteçaoqueacontecerEstareidoseuladoPorqueteamojánão seidenósdoisDeixeiquevocêsefosseagorasofroSemvocêaqui

(o retorno da incrível máquina de clichês românticos)

aconteça-me
Rodrigo Emanoel Fernandes

... não há destino, mas tampouco há livre-arbítrio... o que me toca, o que me acontece, vem até mim através de outros, equipados com aquilo que eu mesmo (in)conscientemente liberei no mundo, embora incapaz de saber quando e de que forma o retorno se daria... me submeto, num exercício de arrogante humildade, não sem receio, mas ansioso e até mesmo com certa esperança de que parte da fome que resiste a ser traduzida obtenha uma ligeira satisfação...

sem título (2009)
Tiago de Mello

Ora, uma coisa é evidente: o Cosmo é um organismo vivo que se renova periodicamente. O mistério da inesgotável aparição da Vida é solidária à renovação rítmica do Cosmo. Por essa razão, o Cosmo é imaginado pela forma de uma árvore: o modo de ser do Cosmo e, em primeiro lugar, sua capacidade de regenerar-se infinitamente, é expresso simbolicamente pela vida da árvore. (Mircea Eliade)

Sem Título
Henrique Iwao

Objetos - pentes, tampinhas de garrafa, canivete, alicates, cola quente, serrinha, sugador de solda, utensílios domésticos - são amplificados por microfones de contato e combinados com eletrônicos analógicos, bonecas e brinquedos modificados. São manipulados de modo que a ação seja: i. voluntária e eficaz; ii. involuntária e eficaz; iii. voluntária e ineficaz; iv. Descuidada. O resultado é um solo de música, provavelmente.

EU PAGO
Paula Barros

Trabalho desenvolvido durante o curso de graduação em performance, pela PUC-SP, onde a atriz e performer Paula Barros, externa o desespero do ato de "pagar". Pagar contas, pagar para comer, para dormir, para vestir, para divertir, para ter um corpo saudável, para morar... enfim, chamar a atenção ao ato corriqueiro do pagamento. Utilizando o corpo explicitamente como única mídia de comunicação, ao som do hino nacional brasileiro, a ação busca exprimir as marcas da sociedade contemporânea consumidora no corpo. É simplesmente um grito do corpo a tudo o que está PAGO, inclusive ao próprio corpo.

Enganos
Grupo Incógnita
Concepção/intérprete: Urubatan Miranda da Silva
Dramaturgia: Ricardo Barbosa

Agora inundado em toda minha insanidade
vejo o menino Jesus triste num canto escuro
anestesiado com a estupidez da humanidade.
Nesse instante rumino meus próprios pensamentos
misturados com todos os enganos dos meus olhos.
O sexo, a carne, o sangue que mancham meus pés
e me empurram para um abismo escuro e frio
e marcam meu peito...Sufoco!
Sinto a vida partida em minhas veias necrosadas
e entre a turbulência de meus pensamentos
debruço completamente enovelado
com a música triste que sai de meus lábios
entrelaçados com a respiração que finda...sofro!

Estranho, você não é cego
Saudáveis Subversivos / Zecora Ura Theatre
Performer: Flávio Rabelo – o estranho
Participação: Patrik Vezali

"A reflexão é (...) sobreposição de dois olhares e isto porque olhar é antes do mais olhar um olhar. Se não olhasse um olhar, apenas veria. Mas se olha, é porque espera um movimento de retorno." (José Gil)
“Do que é feito o invisível que te atravessa?”
Motivados por esta dúvida, os performers estabelecem um jogo com o espaço e os corpos dos participantes, colhendo os fragmentos das frases jogados ao vento enquanto tecem suas ações.
Esta performance faz parte da série em processo ,Corpoestranho
.

m(ar) úmido
Gustavo Torrezan

Dois Atores ou atrizes trajados totalmente de branco ou na cor crú, descalços e com um esborrifador transparente que contém água e sal grosso ocuparão o ambiente esborribando água – irão tambem esborrifar uma na outra e quando se sentirem a vontade ou estimulados(as) farão o mesmo em outras pessoas.

Na Casa da Salamandra
Projeto Salamandra - Adriane Gomes, Cristiano Feitosa, Diego Avila, Guilherme Godoy

A Salamandra abre as portas do seu espaço de criação via webcam.

O Projeto Salamandra realiza um happening dentro de seu espaço de criação. Desenvolvendo ações para o festival, o grupo vai abordar o conceito das videoconferências a partir da luz, da direção de fotografia e da manipulação da realidade. De São Paulo, a apresentação será transmitida para o festival via webcam.

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Entrada livre, mas uma garrafa de vinho é muito bem recebida. Dia 26 de Setembro de 2009, a partir das 20 horas, na Rua Olyntho de Barros, 94(fundos), Residencial Burato, Barão Geraldo, Campinas/SP Pra quem vem de ônibus: ônibus 3.32 (terminal urbano acessível pela própria Rodoviária de Campinas) ou 3.31 (ponto próximo a entrada da rodoviária, na "Governador Pedro de Toledo") até o Terminal Barão Geraldo. No terminal pegar 3.20, 3.24 ou 3.27 e descer no segundo ponto da Rua Gilberto Pattaro. Pra quem vem de carro: a partir da entrada de Barão Geraldo, seguir pela Avenida Santa Isabel até o Posto de Ponta (único posto à direita), virar à esquerda, sentido Real Parque, e seguir pela Rua Gilberto Pattaro até a Rua Olyntho de Barros.

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