quinta-feira, 18 de março de 2021

Arte e Denuncia

 O prazer do artista esta seco, o artista esta assombrado com os pedaços de corpos ensanguentados e abertos... a dor oculta de soldados da mentira.

homens vestido de homens enganam nações 

o samba chora triste engasgado tamborim... Senhor? sim senhor

quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

ainda vale sonhar... 2021 a minha estrela perto do coração. Que ano novo!

Na Foto Gerald Thomas e Adriane Gomes
NJC novembro 2020

 A memoria guarda tudo que é realmente importante para cada um... lembramos principalmente de datas felizes, de festas em família e comemorações que nos fizeram felizes ou tristes. No fim do ano se comemora a mudança e os novos planos sempre levados pelos encontros e parcerias e novas ideias e ideais... mas este ano foi diferente que ano foi esse? não dá para refletir claramente sobre todos os fatos e acontecimentos, e quedas e levantes... é o ano da historia... do movimento Negro nas ruas dos EUA... daqui a pouco, tudo isso vai passar? não vai passara tão rápido... e nem vai passar. vamos nos adequar a uma nova realidade.

...daqui a pouco este terrível ano de tantas duvidas e perguntas estará chegando ao fim, mas ainda nos resta alguma esperança.

qual esperança? temos sonhado com algo temeroso (no sentido de grande), que nos deixa tensos todos os dias. Todos os dias queremos que tudo isso acabe e que nossas vidas voltem a ter algum curso, ou possibilidade. Mas isso não será possível em curto prazo.  Isto não será possível.

...pensamos o tempo todo nas pessoas que amamos e qual  o risco que corremos e o pior o medo de perder os entes, principalmente aqueles que amamos muito. 

O ano de desistir dos sonhos... este ano significou perdas, muitas perdas e principalmente a tentativa de lidar com as frustrações. E de sufocar os milhões de expectativas. As relações deixaram de rasas, porque tanto tempo junto faz qualquer coisa se tornar profunda, e a falta de escape te faz enxergar o que realmente somos e nos tornamos.

...se algo vai melhorar depois disso tudo, vai depender de cada um... se alguém se torna melhor ou pior depois de situações como essas só o tempo nos dirá... 

porque o amor supera o ódio? 

a primeira regra para o amor verdadeiro é o amor próprio. este ano foi o ano do entendimento sobre si mesmo e sobre o outro.

quais são os nossos limites? nossos limites são muito maiores do que podemos imaginar.... podemos nos tornar grandes, porque sempre haverá de existir uma pergunta: o que realmente nos importa?


A pele... aqui começa o santuário. 

somos pó de estrelas... somos parte deste universo, e tão pequenos diante de tamanha grandeza.

os Olhos... enxergam a beleza diária e a mudança continua... somos mutáveis!


e algumas estrelas são GIGANTES 


iluminam tudo a nossa volta e nos dá luz.

A luz das estrelas que brilham para os novos inícios e para tudo que realmente é importante.

A natureza e o encontro do homem na terra.





segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

conto de fodas

como é fácil pintar um demônio 
basta que se juntem alguns
 junta se varias características 
põe se chifres rabos e línguas de fogo
e finalmente depois de pronto ele ganha um nome

Um dispositivo pronto para atirar.

(ele veio gritando bem alto) não se engane, alguém estará pronto para atirar na sua cabeça!

não me deixou palavras prontas e apenas um terrível silencio. BUMMM

o tiro esfacelou a cabeça do passarinho bem no alto e ele caiu no chão. (preferi não olhar)

ele veio andando com a arma nas mãos, e suas coxas raspavam uma na outra enquanto seus joelhos super esticados ficavam curvos para trás.

buscou o passarinho no mato 

 andando deixando um rastro de sangue 

eu subi na arvore

e pedi pra deus me levar

eu tinha certeza que nenhum lugar me caberia.




segunda-feira, 3 de agosto de 2020

Adriane Gomes "um olhar sobre a sua historia"

Adriane Gomes é Performer Artista  formada na Pontifícia Universidade Católica  em  Comunicação das Artes do Corpo fez dupla  Habilitação em Dança e Performance Arte - Estudiosa do Corpo e Tecnologia - Metrado no TID - Tecnologia da Inteligência e Designer Digital - PUCSP   my work in progress
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segunda-feira, 20 de abril de 2020

COVID 19 ...vencendo o medo da morte.

Desafio Covid 19


imagem Gerald Thomas
work in progress



...  estava ventando e eu estava cruzando a quinta avenida, quando a minha ficha caiu, não havia um único carro na rua. Parei e fiquei olhando o edifício Empire State, o silêncio jamais visto nesta cidade ecoou na minha cabeça, e essa imagem seria assim pelos próximos meses. Como uma cidade de interior, a cidade se fechou, e nos rostos uma mascara. um olhar triste e pálido... os dias eram ainda mais frios e os olhares se tornariam ainda  mais tristes. um caminhão gigante parou e de dentro dele saíram militares devidamente vestidos. Na volta resolvi comprar pão no supermercado mais próximo da minha casa e uma fila saia de dentro do supermercado indicando que quele não era mesmo o melhor momento. Pessoas com carrinhos abarrotados de caixas e sacolas e produtos de limpeza. Comecei a me sentir em estado de alerta, segui para o condomínio onde moro, e o supermercado também estava lotado. Eu não conseguia entender muito bem, porque as pessoas estavam comprando tudo. Tudo de comida e água e remédios... Todas as lojas estavam fechadas, apenas os supermercados, farmácias estavam abertos. as noticias eram alarmantes e os hospitais começavam sua saga de super lotação e gente morrendo nas UTIs. Tudo isso de uma hora para outra. neste dia eu chorei, sentindo o vento frio batendo no meu rosto. eu nunca vou me esquecer de ver a cidade em luto... os noticiários diários davam os números, indicava novas descobertas, mas não dava nenhuma pista para um final seguro...  e começou a chuva de fake news e aumentava as multiplicações das mortes. Nova York era o epicentro de uma pandemia, e sem duvidas o vírus andou em cada canto desta cidade. Ao longo de dois dias eu fui percebendo as pessoas desaparecerem,  ir ao supermercado era como uma viagem a lua, com luvar, óculos especial e capacete. foi neste processo que entendi sobre liderança, e força motriz para liderar uma cidade cheia de gente, uma ilha super lotada.
Será que estamos doentes, era a pergunta que estávamos nos fazendo todos os dias quando começamos a sentir alguns sintomas. Agora não era mais a rua vazia ou os olhares tristes, era em nós o próprio medo, e a palavra era "adjacentes", como uma casa que tem sua sala principal, quartos, cozinha, banheiro, e as dependências adjacentes. mas a preocupação não era apenas de aumentar o sistema imunológico, havia a mente, é ai o local onde mora uma enorme perigo. o Vírus se estabelece no sistema e propicia altos e baixos, um dia bem o no outro muito  mal, percebi minha mente funcionando muito rápido e com muitas imagens do passado. tentar detalhar o que eu senti é muito difícil, mas eu começaria detalhando uma enorme dor nas costas, baço, rins e fígado, cólicas intestinais, dor no peito como ardor, pele seca e escamosa, tremores internos, e tudo isso um dia atrás do outro. e durante quase dois meses. A sensação vital de sobrevivência, de encontrar animo e amor, parece ser um pulso vital para a sobrevivência, quando se é Imuno deprimido. O dia do Jardim foi decisivo. Eu precisava tomar sol, estava me sentindo muito mal e já havia emagrecido e estava muito fraca, triste e quanto mais triste mais eu perdia a vontade de viver. nada estava fazendo sentido e eu precisa de alguma forma escolher de que lado eu gostaria de estar. foi nesta fase que eu suava muito a noite e tinha falta de ar com uma mistura de visões, naquele dia eu me sentia tão mal que parte de mim sentia vontade de ir ao hospital e a outra parte sabia que não haveria espaço, estavam morrendo mais de mil pessoas por dia, não era o melhor a se fazer. eu chorei pensando que a unica coisa que eu queria era estar ali, em casa e jamais em um hospital. Foram dias muito tensos, onde mente e corpo se debatiam entre os dias bons e os dias ruins.